DESEMPREGO, ONDE ESTARÃO OS CULPADOS

Ultimamente, os grandes “crânios” do empresariado português coadjuvado pela elite política mais conservadora, têm-se empenhado em ditar o nosso presente e futuro. Fazem-no com arrogância, ignorância e desprezo pelo povo.
Para eles somos atrasados, medíocres e ainda nos encontramos no tempo da canga fascista de antanho.
Propostas arrogantes, como se o País fosse sua propriedade e os trabalhadores tivessem de regressar à condição de criados e de servos. Como se os salários tivessem de baixar ao limite da sobrevivência e fosse imprescindível destruir os serviços sociais e os direitos do trabalho.
Como se o Estado tivesse de ser desmantelado. Dizem que o Leste é que é bom, lá os salários são baixos, os impostos irrisórios, os trabalhadores disponíveis, os despedimentos fáceis. Países competitivos, dizem. Mais competitivos são, por exemplo, Marrocos, o Gana, ou o Haiti. Nestes países é mais fácil despedir um trabalhador do que cuspir para o lado e os salários são simbólicos. São nestes “paraísos competitivos” que as populações fogem e emigram mesmo arriscando a vida.
A direita portuguesa tem a cabeça suja e confusa. Os nossos empresários não percebem uma coisa simples. O problema de Portugal não está no Estado, nem nos trabalhadores. Está sim neles mesmos, numa elite que se julga excelente, mas que na realidade é primitiva, ignorante, saloia e incompetente. Uma elite que nunca se cumpriu historicamente como burguesia. Uma elite que não sabe o que é, menos ainda o que quer.Se dermos rédea solta a estes patrões e pessoal político, que lê o mundo pelos manuais de divulgação do neo-liberalismo mais tacanho, corremos o risco de o País deixar de ser um Estado de direito para ser um estado desgraçado, uma colónia do capitalismo internacional, um sítio mal frequentado. Reclamemos os nossos direitos de cidadania e expliquemos, sem arrogância, que eles são apenas os mais ignorantes de nós.

EUROPA DOS POBRES

UNIÃO EUROPEIA TEM 78 MILHÕES DE POBRES

Ou seja, 16% da “Europa” a 25 e ao contrário daquilo que nos querem “vender” a União Europeia (EU) “produziu” este número astronómica de gente que vive abaixo do limiar da dignidade.

São números que temos de reflectir e apontar os culpados, porque os há.

Todos sabemos que os tecnocratas fascisoides de Bruxelas estão-se cagando para estes números, para eles, conta apenas e só o seu chorudo ordenado, mordomias e reforma doirada, o resto meus amigos, são balelas.

Culpados
As políticas contra o Povo e a favor do capitalismo
Os políticos que as fazem e aprovam
A liberalização da economia favorecendo os grandes capitalistas

O tratado de Lisboa foi a cereja no topo do bolo, foi o vender a terceiros a nossa independência e liberdade. A partir de agora a pobreza e a fome vão tomar conta dos países com economias mais débeis onde Portugal de inclui.

E nós, vamos ficar impávidos e serenos, esperado uma morte anunciada a médio prazo?

É tempo de arregaçar-mos as mangas e ir à luta, dizer-mos a estes tipos que não queremos esta política, queremos sim, uma política do Povo, para o Povo e com o Povo.

OBVIAMENTE DEMITO-OS

Fomos vendidos.
Finalmente o Cavaco ratificou a treta do tratado de Lisboa. Hoje, passados CINQUENTA ANOS, sobre o dia da frase “OBVIAMENTE DEMITO-O” proferida por Humberto Delgado no Café Chave D’Ouro em Lisboa, não podiam ter escolhido melhor dia. A partir de agora os tecnocratas engravatados e bem pagos de Bruxelas, passam a emanar directrizes, a dar-nos ordens, a por e dispor como e quando quiserem, e nós, obedientes e subservientes, seremos o seu bairro da lata, a zona de barracas, a parte que não convém turista ver, o pobretanas, a mão de obra barata, o sem abrigo, o mendigo, o chulo, enfim, o filho de puta. Os nossos netos dirão daqui por uns anos que os salazarinhos de agora VENDERAM O PAÍS, A DIGNIDADE E A INDEPENDÊNCIA.

Eu, tal como o General Sem-Medo digo, OBVIAMENTE DEMITO-OS

LISTA NEGRA

A comissão europeia vai retirar Portugal da lista negra em relação aos países em que o défice não ultrapasse os 3% do PIB, em 2007 o mesmo foi de 2,6%, ou seja o pacto de estabilidade e crescimento (PEC) foi um sucesso. E foi-o à custa do apertar o cinto, do congelamento salarial, do aumento de impostos, etc..

Para 2008 os governantes (1ºministro e ministro das finanças) vêm-nos dizer que a crise que se avizinha não nos afectará, que Portugal é um mar de rosas, que a inflação será abaixo do previsto, bla, bla, bla.

A realidade é bem diferente, os produtos de primeira necessidade, e ainda estamos em Maio, já atingiram aumentos entre os 9% e os 39%, refiro-me ao pão, leite, arroz, óleos alimentares, para não referir os combustíveis, estes já sofreram aumentos de 20%. Segundo especialistas independentes a inflação prevista para 2008 será entre os 3,5% e o 4,5%.

Somos realmente o país das maravilhas com governantes a condizer. Das duas uma:
Ou estes tipos (digo governo e afins) vivem numa outra realidade ou então estão completamente doidos.

Enquanto isso, a banca capitalista, os ricalhaços, os poderosos, os corruptos, os políticos, os beija-mãos, os especuladores, os oportunistas, etc., continuam a fazer-nos de parvos e a explorar-nos como querem. Nós ordeiros e bem mandados lá vamos continuar a servir de carne para canhão.

Só com um levantamento popular a situação pode mudar, a revolta é legítima, temos de lutar para alterar este estado de coisas, não podemos exercer a cidadania só no acto de votar, temos de a aplicar no dia a dia, todos os dias.

P.A.C. IGUAL A FOME

Com assinatura da Política Agrícola Comum (PAC) em 2003 a Comunidade Europeia (CE) assinou a sua sentença de “morte” levando atrás milhares de pequenos e médios agricultores e pescadores.

Não se compreende que tantas cabeças pensantes, que recebem milhares de €uros mensalmente tenham cometido tal barbaridade, e isto em nome de uma política onde não havia lugar a excessos de produção, onde por cá até leite foi deitado ao mar, para não falar em pescado, principalmente sardinha. Acrescentado os milhões de euros para se arrancar oliveiras, no Alentejo foram milhares.

Agora as mesmas cabeças inteligentes e bem pagas, já vêm dizer que afinal estavam errados, que não previram a crise alimentar que se regista actualmente (se tivessem perguntado a um qualquer agricultor, este tinha-os informado) e que os milhões de euros gastos para não produzir (as famigeradas cotas), foram deitados à rua, pois temos de recomeçar a cultivar principalmente cereais para fazer face à actual escassez.

Sempre desconfiei destes burocratas ricos e anafados de Bruxelas, são tipos que para eles só contam as estatísticas e os faustos ordenados e mordomias mensais o resto é treta.

É confrangedor passar pelo Alentejo e verificar os campos que antigamente estavam cultivados até à exaustão, agora as estevas e o mato são a “cultura” mais visível, onde caçadores, caçarretas e afins se deliciam aos tiros a perdizes e lebres compradas em Espanha e largadas ao seu triste destino.

É confrangedor também ver, a nossa frota pesqueira “abatida”, com os pescadores no desemprego e o carapau e não só que comemos vir da estranja.

Tudo isto em nome da tal PAC que só nos troce desemprego e fome.

Será que ainda vamos a tempo?