CAVACO JÁ SÓ NOS VÊ DE BINÓCULOS

Cavaco Silva ficará na história como o tipo mais esperto que o país pariu, para além de já ser o terceiro mandante (mais tempo que ele só o ditador das botas e o parvalhão da Ilha da Madeira) no poder. É obra. Para compor o ramalhete o tipo só faz merda. Acabou com as pescas, a agricultura e a indústria, gastou milhões na sua obra faraónica (Centro Cultural de Belém) que não serve para (quase) nada e ainda nem acabado está, pelo meio, uns tantos quilómetros de alcatrão, aliás, matéria-prima de quem os políticos mais gostam.  Entretanto o tipo acaba de promulgar a nova lei da escravidão, alguns chamam-lhe "novo código do trabalho", eu continuo a chamar-lhe LEI DA ESCRAVIDÃO.

Com a dita, os trabalhadores recuarão CINQUENTA ANOS nos seus mais elementares direitos, TODAS as conquistas por nós alcançadas são mandadas ao lixo, seremos a partir de agora umas marionetas nas mãos do patronato reaccionário que fará o que lhe apetecer, nomeadamente humilhar-nos. Sim camaradas e amigos, a escravidão dos anos-20, 30, 40 e 50 voltou.

CÓDIGO DO TRABALHO, O CÓDIGO DA FOME

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A partir de hoje, com a entrada em vigor do novo código do trabalho, a sopa dos pobres irá a curto prazo aumentar a "clientela", as casas de penhores irão saír da "crise" e nós continuamos impávidos e serenos a assistir à derrocada das nossas vidas e dos nossos filhos. Governantes e patrões com a conivência de alguns "sindicatos", a partir de agora podem olhar-se ao espelho e perguntar: QUE GRANDE MERDA DE LEI QUE FIZEMOS.

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Não tenhamos dúvidas, a fome vai aumentar, a precariedade idem, o desemprego vai a curto prazo atingir níveis nunca vistos.

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De que estamos à espera?

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Fábrica fechada é fábrica ocupada, vamos lutar pela nossa dignidade, honramos os que morreram pela nossa liberdade.

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Esta é a verdadeira face do capitalismo, vergar-nos pela fome e em nome duma pertença crise (fabricada por eles) mudar as regras a seu belo prazer. Nós, somos apenas números, deixamos de ser pessoas, deixamos de ter vontade própria.

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Vamo-nos deixar de retórica, de palavras mansas e ocas, vamos para a rua conquistar o que nos roubaram.

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