a humanidade só será LIVRE, quando o último corrupto for enforcado nas tripas do derradeiro capitalista
a desobediência é a verdadeira base da liberdade, os obedientes são necessariamente escravos

22 de fevereiro de 2023

PUTIN E BIDEN, A MESMA PALHAÇADA

Ontem, ambos (Putin e Biden) os beligerantes na guerra hibrida na Ucrânia tiveram os seus momentos zen.

Putin, no seu discurso de mais de duas horas esteve igual a si próprio, tentou aqui ou ali imitar (mal) Stalin, ombreou com Brejnev nos temas da guerra-fria e controlou a ideia expansionista de Catarina, a Grande.

Biden que na véspera tinha ido à Ucrânia afagar as mágoas de Zelensky e levar mais um cheque de quinhentos milhões de dólares (os F16 ficam no hangar e os mísseis de longo alcance na Polónia), seguiu para Varsóvia e na principal Praça desta cidade falou para uma plateia de pessoas que não perceberam patavina do que dizia, limitando-se a agitar bandeirinhas dos USA, da Polónia e da Ucrânia, faltando apenas para compor o ramalhete uma ou outra bandeirinha da NATO.

Putin (ou o seu sócia) falou muito e disse pouco, aliás, disse o que tem dito em outras ocasiões (assuntos que já sabemos de há um ano a esta parte). Falou também para o interior da nomenclatura (penso que tal como o seu homólogo Stalin as ideias explanadas entravam-lhes (à nomenclatura) por um ouvido e saíam pelo outro), faltou apenas um planozito quinquenal para adoçar os beiços aos mais saudosos. Em relação ao anúncio do abandono da TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares) penso que não passa de mais um arrufo passageiro do autocrático do Kremlin, até o omnipresente Lavrov, colocado nas filas de trás, se mostrou surpreendido. O longo do discurso foi visível o passar pelas brasas de alguns presentes.   

Biden limitou-se a proferir umas tretas de circunstância e para colocar mais umas achas na fogueira da guerra anunciou que o comando militar dos USA na Europa ficará instalado na Polónia.

Concluindo

Putin e Biden são os únicos que podem terminar esta guerra, não o querem fazer. A teimosia aliada ao expansionismo cesarista de Putin e o querer voltar a ser o “farol” no mundo de Biden, não deixam, juntar o oportunismo de Xi Jinping e o exacerbado militarismo de Zelensky, estão criadas as condições objectivas para o adiar da paz.

Nota

Que fez o ocidente em 2014 quando Putin invadiu e anexou a Crimeia?

Nada.

Como quem diz: “deixem os tipos (russos) em paz, o petróleo e o gás que nos vendem é mais importante”   

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