Nestas coisas de guerras mantenho sempre nos meus comentários dois tópicos:
1 – Ser coerente e pensar pela minha cabeça nas
abordagens que faço.
2 – Não acreditar em personagens endeusadas, nem em
heróis com pés de barro.
Venho-o dizendo desde o início – esta guerra só
pode ter fim quando Putin e Biden se sentarem a uma mesa e decidirem, para tal
acontecer só Xi Jinping tem poder para o fazer.
Ontem, a China apresentou um plano de paz, Zelensky diz que o plano é razoável e está disposto a reunir-se com Xi Jinping com urgência, Putin ainda não se pronunciou (até hoje).
Os senhores da guerra costumeiros com Jens
Stoltenberg (secretário-geral da OTAN) à cabeça não deram importância ao
documento, o senhor da OTAN disse – “a China não tem muita credibilidade porque
não foi capaz de condenar a invasão da Ucrânia", a senhora Ursula von der
Leyen, veio colocar (ainda) mais gasolina no fogo ao dizer - "Vamos olhar
para os princípios, mas é claro que não é um plano de paz”.
Pelo rectângulo, desde políticos e afins, a
jornaleiros vendidos aos interesses bélicos, passando por comentaristas
sebentos, todos (salvam-se nesta avalanche de medíocres um ou dois que pensam
pela sua cabeça) vieram dizer o mesmo dos seus chefes, ou seja – “os chineses não
têm nenhum tipo de credibilidade no assunto”.
Entretanto os chineses fizeram o que nenhum país nem
sequer o medíocre do Guterres fizeram – apresentar ao mundo um documento para
a PAZ.
É este o documento:
1 - Respeitar a soberania de todos os países : “A
soberania, a independência e a integridade territorial de todos os países devem
ser defendidas de forma eficaz”.
2 - Abandone a mentalidade da Guerra Fria , onde se
exige que “a segurança de um país não seja buscada em detrimento de outros ” .
3 - Um cessar-fogo de ambos os lados para
"evitar que a crise se deteriore ainda mais ou até mesmo saia do
controle".
4 - A retomada das negociações de paz porque,
dizem, "o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise
na Ucrânia".
5 - Resolver a crise humanitária: "a segurança
dos civis deve ser protegida de forma eficaz e devem ser estabelecidos
corredores humanitários para a evacuação de civis das zonas de conflito".
6 - Proteção de civis e prisioneiros de guerra:
"As partes em conflito devem cumprir rigorosamente o direito humanitário
internacional, evitar atacar civis ou instalações civis, proteger mulheres,
crianças e outras vítimas do conflito e respeitar os direitos básicos dos
prisioneiros de guerra".
7 - Mantendo as centrais nucleares seguras: "A
China opõe-se a ataques armados contra centrais nucleares ou outras instalações
nucleares pacíficas e pede a todas as partes que cumpram a lei internacional,
incluindo a Convenção sobre Segurança Nuclear (CNS), e evitem resolutamente
acidentes nucleares provocados pelo homem ".
8 - Não usar armas nucleares : "A proliferação
nuclear deve ser evitada e a crise nuclear evitada e o não desenvolvimento e
uso de armas químicas e biológicas "por qualquer país sob quaisquer circunstâncias".
9 - Facilitar as exportações de grãos: "todas
as partes implementem a Iniciativa de Grãos do Mar Negro assinada pela Rússia,
Turquia, Ucrânia e a ONU de maneira plena e eficaz de maneira
equilibrada".
10 - Fim das sanções unilaterais : “só cria novos problemas” no terreno.
11 - Manter as cadeias industriais e de suprimentos
estáveis e "se opor ao uso da economia global como ferramenta ou arma
para ganhos políticos".
12 - Promoção da reconstrução pós-conflito .
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