Os abusos, nomeadamente sexuais por parte de membros (padres e afins) não é de hoje e não terminarão certamente agora, irão continuar. Aliás, a hipocrisia reinante que é abrangente a toda a sociedade em relação a este tema é confrangedora e denota um querer “lavar” o assunto. Não se viu nem vê os responsáveis quer políticos, quer grupos ligados à igreja católica condenar com denodo o que se tem passado. Os políticos não querendo “ofender” o seu leitorado católico nada diz ou nada faz de concreto, as várias “agências” católicas muito menos, tentam encobrir os prevaricadores e deitar para debaixo do tapete do esquecimento o assunto.
Ontem (3/3/2023) esteve reunida a Conferência Episcopal Portuguesa,
presidida pelo Padre José Ornelas para analisar o relatório da Comissão
Independente. As conclusões que saíram foram relevantes e reveladoras do
interesse que a Igreja Católica portuguesa tem sobre o assunto.
Os principais pontos foram:
1 – Os padres abusadores não são expulsos.
2 – Cada diocese decidirá o que tem a fazer.
3 - Só com a lista dos nomes vai ser muito difícil.
4 - Sem saber quem denunciou, porque é que denunciou, é muito difícil.
5 – A pedofilia é abrangente a toda a sociedade e não só da igreja.
Para terminar foi anunciado que irá ser construído um memorial no decorrer da Jornada Mundial da Juventude e perpetuado, posteriormente, num espaço exterior da Conferência Episcopal Portuguesa. Entretanto, serão pedidas desculpas públicas no próximo mês de Abril, em Fátima, no decorrer da próxima Assembleia Plenária, revelou também José Ornelas.
Concluindo:
Não é certamente com memoriais e pedidos de desculpas vs perdão que os
abusados se irão conformar.
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