PIRES DE LIMA, O LAVADOR DE CÉREBROS

Mais cedo do que o previsto, começou a lavagem cerebral aos portugueses, começou, no fundo, a campanha eleitoral para as legislativas de 2015.

Depois da máquina propagandista do PSD/CDS, empurrada pelos mídia do sistema, anunciarem a descida do IRS para 2015, convencerem-nos que a economia está no bom caminho, que a retoma das famílias está a aumentar, que o défice está a descer, as exportações a aumentar a ritmo alucinante e outras tretas afins, foi ontem a vez do ministro da cerveja anunciar um enorme investimento (6 mil milhões de euros) em obras públicas estratégicas (dizem eles) para os próximos oito anos. Sócrates finalmente tem seguidores, os mesmos que criticaram o despesismo do transmontano, vêm agora, quais milagreiros, anunciar projectos que se encontravam na gaveta do comentador.

É excelente o investimento quando o mesmo é feito de forma honesta (coisa que os actuais governantes não são) e sem subterfúgios de natureza eleitoral. Este anuncio feito ontem, é, todos o sabemos, um mero acto de propaganda para enganar os incautos.

LAVAGEM CEREBRAL

O governo tenta por todos os meios a velha lavagem cerebral ao anunciar com pompa e circunstância o crescimento económico que segundo o INE foi de de 1,1% no segundo trimestre de 2013. Sem por em causa os números apresentados pelo INE, acho um aproveitamento grotesco e fascisoide por parte do executivo, pois se tal aconteceu, o mesmo foi à custa do suor do trabalhador, da precariedade e baixos salários e nunca à custa do talento ou iniciativa do patrão. Este, como sempre, prefere o carro topo-de-gama, os fim-de-semana em hotel de luxo com a amante e as férias da família num qualquer paraíso tropical. É vê-los, governantes e a costumeira saloiada que os apoia, a esgrimirem-se para ver quem é o primeiro a anunciar a "boa-nova" e quem é que profere o melhor comentário. 

Gostaria, isso sim, que estes propagandistas de meia-leca, perguntassem ao Ti-Manel da mercearia, ao Ti-Chico da tasca, ao Duarte barbeiro, ao desempregado, ao precário, ao esfomeado, ao reformado dos 252€, e por ai fora, qual foi para eles os reflexos do tal "crescimento". 

Eu até sei qual seria a resposta - VÃO À MERDA COM TAL CRESCIMENTO.