a humanidade só será LIVRE, quando o último corrupto for enforcado nas tripas do derradeiro capitalista
a desobediência é a verdadeira base da liberdade, os obedientes são necessariamente escravos

2 de julho de 2008

BAKUNIN

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Passaram ontem 132 anos sobre a morte de Bakunin por muitos considerado a “pai” do Anarkismo.

Bakunin foi contemporâneo de Marx e com ele fundou a 1ª Internacional, saindo depois por divergências entre ambos, Bakunin defendia que as energias revolucionárias deveriam ser concentradas na destruição das "coisas", no caso, o Estado, e não das "pessoas".

"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e passarão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana."

6 comentários:

Ana Camarra disse...

É incrivél ver a actualidade dessas palavras.
Ao mesmo tempo é muito triste, já deviamos estar mais á frente.
Prezo muito essa memória, tinha um bisavô Anarco sindicalista, perdeu o emprego em defesa das suas convicções, morreu tuberculoso, nunca mais arranjou emprego.
Não estava a defender o seu salário nem o seu posto de trabalho mas sim o dos seus subordinados.

Um abraço

Anónimo disse...

Sempre mantive Bakunin dentro das minhas referências, estava muito perto do meu ideal, porém, penso que o comunismo de conselhos ou o conselhismo, é, sem dúvida, o modelo ideal para o exercicio real da liberdade individual, realidade que nao aceito como utopia!

Zorze disse...

"Quem duvida disso não conhece a natureza humana".
Nesta pequena frase está a definição do Inferno que foi, é e será o nosso Planeta.
Infelizmente a natureza humana é tendencialmente má.
Descendemos da variante mais guerreira, assassina, carnívora, brutal dos macacos. Dizimámos as outras. E ficamos nós.
Resultado: estamos a destruir o planeta a uma velocidade alarmante, sistemáticamente guerras em vários pontos do mundo, a exploração do homem pelo o homem, desequilibrios gritantes na distribuição da riqueza, etc, etc, etc ...

Abraço,
Zorze

Abrenúncio disse...

Tão certo, tão certo, como o Sol nascer a Oriente e por-se a Ocidente.
Apesar do nosso racionalismo, não nos podemos que o Homem é um animal.
Saudações do Marreta.

Abrenúncio disse...

(... não nos podemos esquecer...)
queria eu dizer.

Anónimo disse...

Olá Amigo!

Estou muito interessado no estudo de Bakunin, do qual li recentemente uma biografia em lingua inglesa. Do ponto de vista político actual, o bakuninismo consiste no reconhecimento da necessidade de dois tipos de organizações para que seja levada a cabo a revolução proletária: uma revolução tem de contar com um máximo de explorados e oprimidos, independentemente da sua ideologia: há necessidade de organizações onde o critério da adesão seja a pertença à classe trabalhadora (sindicatos). Há necessidade dos revolucionários serem capazes de desenvolverem a educação dos restantes trabalhadores e difundirem autonomamente as teorias e práticas revolucionárias. Portanto, é necessária uma organização específica, onde haja como critério de adesão a conformidade com um certo número de princípios teóricos (abolição da propriedade privada, ausência de estruturação hierárquica da sociedade, máxima liberdade e máxima solidariedade de todos os indivíduos, igualdade absoluta de direitos, responsabilidade colectiva, etc.).
Assim, neste país, temos vindo a desenvolver os dois vectores, numa organização de carácter sindical, AC-Interpro (Associação de Classe Interprofissional: legalizada mas depois extinta por velhacas manobras do estado contra nós)
e o Colectivo Luta Social, um colectivo anti-autoritário e anti-capitalista, de libertários/as de luta de classes.
Se concordas com a nossa postura,
une-te a nós!
Manuel Baptista