Estas duas imagens estão separadas no tempo mais de trinta e sete anos, mas ambas detêm talvez o mesmo simbolismo. A primeira é o beija-mão da nova brigada do reumático ao Sr. Silva, a segunda é o beija-mão da velha brigada do reumático ao então ditador Marcelo Caetano. Em ambas também se notam certas certezas, ou seja, a certeza de que com esta gente não vamos a lado nenhum, todos vegetam na gamela do sistema, são a mesma laia, estão ali para defender os seus interesses particulares e/ou empresariais, agarram-se ao mesmo como lapa em rocha virgem.
Já agora, o Sr. Silva não convida um elemento do Povo porquê? Será que está com receio que o mesmo retire alguma faiança ou algum copo de cristal e o esconda debaixo do casaco para o ir vender para a Feira-da-Ladra, ou que cague nas passadeiras vermelhas do palácio?
Se na primeira é a agonia do actual sistema burguês, na segunda é a agonia do fascismo, encarnado no imbecil do Caetano e na mediocridade dos fachos com estrelas nos ombros.
2 comentários:
Só noto uma diferença: numa foto estão de pé, na outra estão sentados.
Saudações!
Para lá da perspicaz observação do Marreta - agora é Zé?! - ocorre-me observar:
- Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades mas estes cabrões nunca mudam! Vindos do verdadeio povo só aparecem salazares, cerejeiras, policarpos, duartes lima, cavacos e outros azares! Mas não há ninguém de bem neste país?
Um abraço com os ossos finos
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