a humanidade só será LIVRE, quando o último corrupto for enforcado nas tripas do derradeiro capitalista
a desobediência é a verdadeira base da liberdade, os obedientes são necessariamente escravos

21 de setembro de 2021

AUTÁRQUICAS 2021 E O QUE PODE AÍ VIR

 Serão as próximas eleições autárquicas iguais ou parecidas às anteriores?

Penso que não.

Senão vejamos.

O novo panorama político alterou-se ou está prestes a alterar-se. Se nas grandes urbes as coisas continuarão iguais com uma ou outra alteração de pormenor, é nos pequenos concelhos e freguesias que poderá haver mudanças.

Mas estas eleições irão ser o prenúncio das legislativas de 2023, e porquê?

Até agora, o espectro político à direita e extrema-direita era o CDS que o “comandava”, albergando em si a alta-burguesia urbana e não urbana, deixando de fora muitos saudosos do 24 de Abril, mas sempre aceitaram as regras da constituição e sempre actuaram dentro da legalidade. Actualmente, o CDS está remetido a um gueto de meia-dúzia de miúdos sem ideias plausíveis.       

O PSD é um saco de gatos sempre prontos para arranhar com denodo as diversas lideranças, só estão todos bem quando têm o poder, aliás o mesmo se pode dizer do PS. Mas o PSD actual está totalmente virado do avesso, Rui Rio nunca foi um verdadeiro líder, teve sempre o pescoço no cepo, cometeu entretanto demasiados erros estratégicos que o irão levar ao abandono prematuro e à saída sem honra nem glória.

 Afinal tudo isto tem a ver com o quê? Isto já todos sabemos, dizem vocês. OK. Então passo a explicar.

Como tudo parece (por isso estas eleições vão ser fundamentais) com o PSD e o CDS pelas ruas da amargura, quem vais ascender? Quem vai (ou poderá vir a ser) o grande vencedor que irá açambarcar os escombros daqueles? Já adivinharam – o Chega/Ventura. Se o Chega tiver no todo nacional mais de 496.653 votos (presidenciais Ventura 2021) será uma estrondosa vitória do Chega e o eclipse do CDS e de parte do PSD, apesar deste poder vir a vencer em Coimbra, única grande cidade onde o poderá fazer.

Ou seja, a estratégia de Ventura é óbvia – desmoralizar e desgastar os seus adversários directos e ao mesmo tempo organizar o partido nos distritos e nos concelhos, mobilizando os “descontentes” da direita tradicional e traze-los para o radicalismo militante, os últimos acontecimentos com os negacionistas  anti-vacinas são um exemplo.

Como referi tudo isto acontece ou poderá acontecer por erros estratégicos de palmatória de Rio e Xicão que nunca se conseguiram livrar do nó górdio que Ventura lhes atou.

Vamos aguardar por domingo, talvez me engane na previsão.

1 comentário:

Monteiro disse...

A diferença entre o PS e o PSD é apenas religiosa. Enquanto maioritariamente os PPDs são católicos, vão à missa e comungam os PSs são ateus e Republicanos, em tudo o mais são iguais e não perdoam à Rússia ter derrotado a Alemanha muito menos agora que se aliou à China. Os penduricalhos do Chega com 208 mil votos e o CDS disfarçado em coligações, ou os liberais que seguem a linha da fuga à Rendeiro e estão mais falidos do que nunca, só restam os animais que qualquer dia até vão eleger um presidente.