a humanidade só será LIVRE, quando o último corrupto for enforcado nas tripas do derradeiro capitalista
a desobediência é a verdadeira base da liberdade, os obedientes são necessariamente escravos

15 de fevereiro de 2025

MUNDO AO CONTRÁRIO

J.D. Vance, vice-presidente dos USA's sem papas na língua anunciou na recente Conferência de Segurança de Munique quais são as posições dos Estados Unidos em relação à Europa e à NATO - "ou fazem como nós queremos ou os compromissos assinados vão para o caixote do lixo".
A agenda de Trump apanha uma Europa enfraquecida, sem liderança forte e com uma extrema direita em ascensão que lhe pode trazer dividendos. 
O tão apregoado acordo paz para a Ucrânia não passa de uma manobra diabólica para dividir a curto prazo aquele país em dois e, mais tarde, com as eleições que se realizarão já com Zelensky fora de cena e manobradas a partir de Moscovo, aparecerá um caudilho manietado por Putin. Tudo aponta para que assim seja, Trump livra-se de um empecilho (Ucrânia) e cede às garras de Putin. Depois, com o "aval" do "amigo" de Moscovo e com a NATO em frangalhos, virá a viabilização da invasão da Groelândia, seguindo-se quem sabe o Panamá. Cuba e a Venezuela não estarão também fora da órbita de Trump. Entretanto, Putin ficará também ele de mãos livres para anexar os países bálticos (Estónia, Lituânia e Letónia) que, apesar de pertencerem à NATO, nada o impedirá.
Trump deita assim para o lixo todo o equilíbrio geo-político que existe, e abre a caixa de pandora, o Mundo nunca mais será o mesmo.

A UE terá de encontrar formas de encarar o trumpismo com firmeza, seja na vertente económica seja na vertente geo-estratégica. Na primeira a UE tem uma enorme vantagem - 450 milhões de habitantes contra 340 milhões dos USA, para além disso tem de promover e incentivar novas parcerias comerciais, o Canadá, o México e a China são bons exemplos que podem surgir. Na segunda, tem de se tornar novamente em protagonista, pois nos últimos anos tem sido relegada para segundo plano. Trump prefere o isolacionismo, OH, que prefira e com ele arraste os USA's para o abismo. 

Finalmente a China, que poderemos esperar deste gigante.
No plano militar mãos livres para anexarem Taiwan?
Penso que não será para já.
No plano económico mais agressividade no comércio internacional?
Neste iten penso que sim, a China vai tornar-se (ainda) mais agressiva nas suas políticas de "invasão" comercial, afinal têm lá tudo - mão de obra infinita, recursos quase ilimitados, tecnologia de ponta e instalações a perder de vista. Tem o seu calcanhar de Aquiles no petróleo, gás e alguns metais (cobre e minério de ferro), onde é dependente. A Rússia é o seu principal fornecedor destes materiais.

O mundo tem de se preparar para o impacto que Trump trará, não vai ser tarefa fácil, antes pelo contrário.

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