Na sua treta semanal no pasquim Expresso, Sousa Tavares, naquele seu jeito de sabe-tudo, escreve uma das maiores safadezas demagógicas que alguma vez li. Segundo ele, os norte-coreanos, salvo a nomenclatura dirigente, não têm papel-higiénico para limpar o rabo, porque simplesmente o mesmo não se encontra à venda em parte nenhuma. Nem mesmo a um qualquer jornal, pois como só existe um (o oficial) e trás sempre uma ou mais fotos de Kim Jong-un, limpar o traseiro ao dito é pena de morte pela certa. E diz mais o eunuco, que o norte-coreano "comum" não tem aceso a qualquer tipo de casa-de-banho, quer na via publica (sic), quer no local de trabalho (sic), ou até, imagine-se, em sua casa (sic, sic).
Chegado aqui, pergunto ao sr. Tavares (já que sabe tudo mas não explicou) como fazem então os coreanos (do Norte) para higienizar o rabinho depois da cagadela.
Ora bem, se não existe papel higiénico, nem jornal, restam duas coisas: Ou guardam os sacos das compras (se estes forem de plástico torna-se mais complicado) ou então terão de andar com uma ou mais garrafas com água (se o coitado estiver de diarreia terá de ser com garrafão) para poderem limpar o rabo. Ou então (o menos provável) num qualquer fontanário.
Não simpatizo nada com o regime norte-coreano ou equiparado, odeio ditaduras e ditadores, monarquias e realeza, meninos mimados, loucos e afins. Mas esta do papel higiénico é para rir à gargalhada. Onde chega a demagogia fascisoide de alguém que se diz de "democrata". Acusar o regime norte-coreano de medieval, ditatorial, governado por um puto louco, ainda vá que não vá. Mas denegrir todo um Povo, rebaixa-lo, ridiculariza-lo a este ponto, só de um louco também.
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